domingo, 25 de maio de 2008

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Saber desistir. Abandonar ou não abandonar – esta é muitas vezes a questão para um jogador. A arte de abandonar não é ensinada a ninguém. E está longe de ser rara a situação angustiosa em que devo decidir se há algum sentido em prosseguir jogando. Serei capaz de abandonar nobremente? Ou sou daqueles que prosseguem teimosamente esperando que aconteça alguma coisa?

Eu não quero apostar corrida comigo mesma. Um fato.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Minha vez!

Quem cansou do assunto sobre a morte da menina Isabella Nardoni levante a mão. Cansei mesmo e creio que eu não seja a única. Principalmente depois de ler vááárias críticas sobre a entrevista da mãe da vítima, Ana Carolina Oliveira, no Fantástico.
Ela tem todo o direito de se manifestar e, por mais que a Globo seja poderosa, não me parece que ela foi obrigada a falar. Foi uma escolha dela e quanto a essa decisão, eu me abstenho de qualquer julgamento. Porém, não concordo com a exploração pública da dor. Apelação? Talvez. Algumas perguntas poderiam ter sido poupadas? Sim. E, deixando a hipocrisia de lado, a mídia está sim, de certa forma, tirando proveito da repercussão que esse caso está tendo.
Tudo isso consciente de que eu sou apenas uma aspirante a jornalista, tenho muito o que aprender ainda, mas tenho minhas opiniões. Precisava verbalizá-la.

Juliana dos Anjos.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Contra indicação!

A gente diz: ah, se arrependimento matasse! Certo. Só tem um problema: arrependimento mata. Arrependimento é um sentimento estressante. O stress libera no corpo uma substância chamada cortisol. Com o tempo, o cortisol adoece e mata, sim, senhor.

Além de assassino, o arrependimento é burro. É burro porque garante que a não-realização de um futuro hipotético é culpa nossa.

Exemplo: temos uma situação A e queremos uma situação B. Para isso, adotamos um comportamento X. Aí, dá tudo "errado". A situação A se transforma em uma situação C. E nós? Nós ficamos arrependidos.

- Se arrependimento matasse, eu estaria estatelado no chão - a gente diz.

Olha que bobagem! Quem garante que A seria B se seu comportamento fosse Y ou Z? Matematicamente falando: se A + X = C não quer dizer que A - X = B. Ou que A + Y = B. Ou que A + Z = B. Menino, A nem existe mais!

Então, onde já se viu chorar por um futuro hipotético? Futuro porque nunca existiu. E, além de inexistente, hipotético, ou seja, incerto. Já dizia a minha avó: quem não sabe o que perdeu não perdeu nunca.

Mas a gente chora. Chora ou não chora? Chora. Eu mesma andei chorando ultimamente. Ah, se arrependimento matasse!... A gente é viciado em culpa.

Quando isso acontece, tento colocar meu mantra em ação: fiz o que pude; faço o que posso; farei o que puder. O resto, infelizmente, está fora das minhas possibilidades. Completamente fora. Até porque pouca coisa depende apenas de mim.

Afinal de contas, quem é que faz merda de propósito? Eu, não! Só se for você! Eu faço o que posso. No máximo, eu erro tentando acertar. No limite, eu sou o que sou, e o resultado não é o desejado. Paciência!

Agora se o erro foi catastrófico, só me resta assumir as conseqüências. E tentar fazer melhor da próxima vez.

Porque sempre tem uma próxima vez.

(Philio Terzakis)

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ch-ch-ch-changes.

"Um filósofo sabe muito bem que, no fundo, ele sabe de muito pouco. Justamente por isso ele vive tentando chegar ao conhecimento. Sócrates foi uma dessas raras pessoas. Ele sabia muito bem que nada sabia sobre a vida e o mundo. E agora é que vem o mais importante: o fato de saber tão pouco não o deixava em paz. Um filósofo, portanto, é uma pessoa que reconhece que há muita coisa além..." (O Mundo de Sofia.)

Sempre admirei de verdades os amigos filósofos. Tão pensativos, eu achava que esse negócio de refletir sobre a vida ou sobre as pessoas e chegar a uma conclusão, por menor significado que ela pareça representar, era um privilégio (e que privilégio!) apenas concebidos a eles. São o tipo de gente que sabem admirar-se com as coisas aparentemente banais e comuns, com as tão faladas pequenas coisas da vida. E talvez eu goste de curtir tais 'coisas'. Mas o que eu tenho certeza mesmo, antes de tudo, é de que eu preciso me encontrar! Sabe aqueles momentos que você para, pensa e diz: 'essa sou eu'? ESSA É VOCÊ! Cheia de pensamentos que eu nunca tive antes, time may change me, fase nova e tudo mais, aprendendo a sentir os pequenos e necessários prazeres e angústias de ser quem eu sou. E quem eu sou? Quem é você?
"Prepara o que serás no que és". Não é fácil e nem é rápido, não é simples, mas é essencial.

Juliana dos Anjos.