"O que eu sinto, eu não ajo. O que ajo, não penso. O que penso, não sinto. Do que sei, sou ignorante. Do que sinto, não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira em que vivo. Suponho que me entender não é uma questão de inteligência. Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária. Liberdade? É pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."
É, mais uma vez, Clarice expressando tudo o que eu não consigo, mas sinto.
sexta-feira, 7 de março de 2008
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3 comentários:
Queriiiiida...clarice sempre tem o que falar certo pra minha vida tbm...
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Juuuu! =D
Nunca li Clarice, acredita? Algum dia lerei. Mas gostei do q ela disse.
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"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar."
um dia eu consigo :)
eu gosto muito desse fragmento da Clarice :
"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Eu sou uma pergunta."
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